Fiquemos nus!
- Gustavo Gontijo
- 15 de nov. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de nov. de 2020

Fiquei extremamente comovido com a quantidade de comentários carinhosos que recebi após a publicação de meu último texto - o primeiro que publiquei no Linkedin.
Tão repletas de empatia e apoio foram as mensagens que fiz questão de responder uma a uma. Recebi o carinho de pessoas que nem mesmo conhecia.
Reconectei-me com quem não interagia há muito tempo.
Tive conversas profundas com velhos conhecidos que me procuraram por mensagem direta.
Ganhei duas camisetas brancas em alusão ao título do texto e também um livro.
Para mim essas conexões tiveram grande valor.
Por isso mesmo reservei um tempo para refletir sobre o fato.
Uma reflexão propositiva, com a consciência necessária para não cair na teia da vaidade.
Até porque não é sobre o que escrevi, mas sobre o que aquelas palavras despertaram nas pessoas.
O que gerou aquela troca genuína de afeto que me tocou o coração?
A resposta é simples, mas não óbvia.
Algo que nos une: ser humano.
Em uma rede social onde a pauta diária gira em torno de trabalhos, premiações e promoções, compartilhei meu momento de vida e um pouco de quem sou. Dividi o que me faz bem, e isso fez bem a outras pessoas.
Tenho reparado que conteúdos desse tipo estão ganhando mais espaço no meio corporativo.
As pessoas estão se abrindo mais, se expondo mais, assumindo vulnerabilidades e colocando mais amor num meio em que antes não havia muito espaço para sentimentos.
É disto que o mundo - inclusive o corporativo - precisa: mais humanidade.
Se gentileza gera gentileza, podemos afirmar que humanidade gera humanidade.
Somos um só organismo e o que fazemos tem o poder de impactar o nosso entorno para o bem ou para o mal.
Por meio de nossas palavras e ações, podemos aumentar o medo ou inspirar confiança, espalhar o ódio ou disseminar o amor.
Fico feliz em ver mais empatia e humanidade numa rede que nasceu com o frívolo objetivo de facilitar o networking. Fico feliz porque sei que empresas mais humanas não nascem de lindos keynotes com apresentações de propósito. Empresas mais humanas nascem de pessoas mais humanas. Essa simples ideia me inspirou a olhar para o tal do networking de um jeito diferente. Como seria se a gente pensasse a nossa rede profissional como uma rede de trocas mais honestas e cuidado mútuo?
Uma reflexão que me trouxe à mente uma nova expressão marqueteira (força do hábito): netcaring.
Traduzindo, seria algo como “cuidar da rede, ou rede de cuidado”.
Em vez de querer construir uma rede profissional para ajudar a alavancar sua carreira, você cuida da sua rede profissional para ajudá-la a evoluir e prosperar. Se sua rede prospera, naturalmente você prospera. Quem planta o bem, colhe o bem. Acredito que nos aproximamos da verdadeira felicidade quando tiramos de nós e acrescentamos ao mundo. Podemos fazer isso com uma palavra, uma mensagem, um texto, uma conversa, uma atitude. Escolha seu presente para o mundo.
Menos networking, mais netcaring.
Despir-nos para doar-nos.
Fiquemos nus!
Expostos. Vulneráveis. Humanos.
Seria revolucionário.
Porque amar é a maior revolução.
Obs.: Quando escrevi a palavra humanidade ali no meio do texto, lembrei-me do livro que um amigo está lançando: Humanos de Negócios. Como acabei de falar sobre cuidar da rede, servir e ajudar de forma genuína, vou usar este espaço para divulgar e pedir que cliquem no link para conhecer histórias de homens e mulheres inspiradoras que estão trabalhando a favor da evolução da sociedade. Eu já garanti o meu :)
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